Guga abre o jogo sobre cirurgia que acabou com sua carreira: ‘É um crime’

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Dia 30 de maio de 2008. Uma derrota na chave de duplas em Roland Garros, palco de suas maiores glórias, pôs fim à brilhante carreira profissional de Gustavo Kuerten, um dos atletas de maior sucesso da história do esporte brasileiro.  Após três cirurgias, Guga não conseguiu derrotar as dores no quadril e afastou-se das quadras.

Uma década após a aposentadoria, Kuerten acredita que as cirurgias atualmente são mais eficazes, o que aumentaria a possibilidade de que sua carreira seguisse por mais alguns anos. “A cirurgia que eu fiz, ela é um crime hoje”, declarou ao portal Globo.com. Entretanto, o atleta entende que a medicina evolui e que os procedimentos cirúrgicos foram realizados em uma época em que o aprendizado ainda estava em “fase embrionária”.

Segundo o ortopedista Lourenço Peixoto, também ao Globo.com, se Guga fosse tratado hoje, de maneira correta, teria “se aposentado por outras razões, e não pela articulação do quadril”. A revolução na área, conforme Peixoto, passou por uma verdadeira mudança de paradigma, com um entendimento diferente do problema, que permitiu aos pacientes melhorarem de forma significativa. 

O tenista Andy Murray, campeão em Wimbledon em 2013 e 2016 e do US Open em 2012 passou recentemente por um procedimento semelhante. Com os recursos atuais, as perspectivas de que o britânico volte a atuar em alto nível são bastante otimistas.

Carreira vitoriosa

Gustavo Kuerten foi vencedor em Roland Garros nos anos de 1997, 2000 e 2001, além de vencer mais 17 torneios ATP durante a carreira. Em 2012, o catarinense foi homenageado no Hall da Fama do tênis, honraria só recebida até então, entre tenistas brasileiros, por Maria Esther Bueno.

Guga, que se destacou como comentarista da Globo no Jogos Olímpicos de 2016, é até hoje uma personalidade influente no meio do esporte, graças à sua história e ao seu notável carisma. Há alguns anos o tenista não pratica o esporte, mesmo de forma amadora. 

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