Funcionário do São Paulo por 29 anos, divididos em duas passagens, Gilberto Geraldo de Moraes acaba de ganhar um processo trabalhista no valor de R$ 2,7 milhões em cima do Tricolor. Professor Gilberto, como era chamado, foi demitido quatro anos atrás, depois de ocupar diversos cargos dentro do clube.
Mas o ponto alto das quase três décadas do funcionário no São Paulo se deu em 1990, quando ele aprovou Rogério Ceni em um teste, permitindo que o maior ídolo da história tricolor fosse contratado.
Na oportunidade, o Professor Gilberto atuava como preparador de goleiros. Homem de confiança de Juvenal Juvêncio, ele também teve outras missões importantes. A última delas foi a de gerente operacional do São Paulo, com a incumbência de cuidar de todas as propriedades do clube, incluindo Morumbi, CT da Barra Funda e Cotia.
“Depois que o Juvenal deixou a presidência, acabaram me demitindo. E ainda sugeriram que eu procurasse meus direitos. Foi o que eu fiz”, explica Professor Gilberto, sem esconder a tristeza com a dispensa. “Não tem como, moralmente, o São Paulo se retratar. E deixei claro, em todas as audiências, que não quero um real a mais do que mereço.”
De acordo com o ex-funcionário, não cabem mais recursos e a condenação dos R$ 2,7 milhões é definitiva. Antes de trabalhar para o Tricolor, Professor Gilberto havia sido goleiro, passando pelo Morumbi em 1959 e depois de 1963 a 68.
Procurado pelo Blog do portal Yahoo, o São Paulo não se manifestou.
Vale lembrar que, no ano passado, o Tricolor já havia sido desembolsado outra bolada, de R$ 5 milhões, com Rogério Ceni. Era esse o valor da multa rescisória em caso de demissão do então treinador.
Fonte: yahoo.com.br