A corrida eleitoral já começou e as notícias sobre os pré-candidatos à Presidência acabam fazendo parte da rotina dos brasileiros. As pesquisas sobre intenções de votos já começaram e mostram um cenário bastante assustador para as próximas eleições, sem a indicação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até mesmo Jair Bolsonaro (PSL) – que lidera algumas pesquisas – perderia para os votos nulos e brancos.
E falando em Bolsonaro, ele e Ciro Gomes (PDT), mesmo distantes politicamente tem algo em comum revelado pela pesquisa Datafolha, divulgada no último domingo (10). Os polêmicos tem eleitorados majoritariamente masculinos, ou seja, a maioria das mulheres não votariam e não se sentem representadas por nenhum dos dois candidatos.
Nos quatro cenários de pesquisa ( 2.824 entrevistas entre 6 e 7 de junho, em 174 municípios), os dois postulantes ao Palácio do Planalto têm maior aprovação dos homens. Homens que apoiam Bolsoraro são 23%, enquanto as mulheres são apenas 11%. No caso de Ciro, o eleitorado masculino é de 8% e o feminino de 5%.
Os dois já deram declarações machistas e que podem atrapalhar um pouco na hora de conquistar o eleitorado. Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, as mulheres rejeitam os candidatos por naõ se sentirem representadas e isso pode ser decisivo nas eleições "A série histórica mostra que as mulheres decidem o voto mais tarde e essa eleição também deverá ser assim".
Paulino acredita que o discurso armamentista e de pena de morte distancia Jair Bolsonaro do eleitorado feminino. "Há mais homens que concordam com esse discurso radical do que mulheres". O deputado também perdeu muitos votos quando disse que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merece.
Ciro se deu mal quando em 2002 ele disse que o papel crucial de Patrícia Pillar – esposa do político na época – era dormir com ele.