O desentendimento político entre o presidente do Santos, José Carlos Peres, e o vice, Orlando Rollo, ganhou mais um capítulo na última sexta-feira. Rollo se recusou a assinar o contrato da venda de Rodrygo para o Real Madrid.
O vice não esteve na reunião que sacramentou o negócio entre Santos e Real Madrid por acompanhar a vitória do Peixe sobre o Fluminense, na última quarta, no Rio de Janeiro. Os motivos da decisão por parte do dirigente seriam por desconhecer o contrato e por ninguém chamá-lo para participar do encontro que sacramentou o acordo, na quinta.
Segundo um membro da diretoria alvinegra ouvido pelo GloboEsporte.com, a recusa não tem poder para gerar dúvidas sobre o negócio. Rollo foi voto vencido na decisão do Comitê de Gestão, e o contrato contou com a assinatura de Peres e de mais um membro do colegiado, como determina o estatuto.
Após a decisão, alguns conselheiros concordaram com a decisão de Rollo, porém outros não conseguiram entender as explicações e reclamaram da situação desgastante que presidente e vice carregam desde o começo do ano.
Rodrygo tinha multa rescisória no valor de 50 milhões de euros (R$ 215 milhões, na cotação atual), mas as partes acertaram a venda por 45 milhões de euros (R$ 193 milhões). O Santos receberá 40 milhões de euros (R$ 172 milhões), o equivalente a 80% da multa rescisória.
O dinheiro, segundo Peres, será utilizado para saldar dívidas, trazer alguns reforços – Peixe busca um segundo volante, dois armadores e um atacante –, e estruturar as categorias de base do clube.
Fonte: Globo Esporte