‘Me ajuda’: áudio choca com últimas palavras de Vitória Gabrielly

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O portal de notícias G1 revelou um áudio que exibe as últimas palavras da menina Vitória. Elas foram narradas pelo seu assassino confesso. Em conversa com um policial civil, o servente de pedreiro Júlio César Lima Ergesse, de 24 anos, disse que a menina Vitória Gabrielly estava "desesperada" e "em choque" ao ser capturada em Araçariguama (SP), em 8 de junho.

A menina foi encontrada morta oito dias depois em uma área de mata, no bairro Caxambu."Ela pegou, falou 'o que que tá acontecendo? Me ajuda'. Ela estava em choque, senhor, desesperada, entendeu?", disse Ergesse.Júlio César, morador de Mairinque, está preso desde 15 de junho e foi indiciado por homicídio doloso pela Polícia Civil.

Áudio mostra crueldade de assassino de Vitória Gabrielly

Ao policial, ele disse que estava andando na rua em Mairinque, onde mora, quando se encontrou com o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes, que estavam em um carro preto e foram para Araçariguama. O casal foi preso temporariamente por 30 dias e também indiciado por homicídio doloso.

Júlio contou à polícia que, logo depois de chegarem na cidade, Mayara obrigou a menina a entrar no carro, e que Vitória chorava muito. O servente de pedreiro contou que Mayara tentou acalmar a menina: "Fica tranquila, não vai acontecer nada com você", teria dito a mulher.

Ainda no áudio, Júlio aparece dizendo que todos voltaram em direção a Mairinque, mas que ele ficou no caminho e não sabe o que aconteceu depois.

Para os investigadores, o envolvimento dele no crime pode ser ainda maior, como revelou um laudo de DNA divulgado na sexta-feira passada. O servente ainda não tem advogado e nem defensor público.

A polícia ainda investiga o motivo do crime. Uma das suspeitas é de que a menina foi morta por engano. Segundo essa hipótese, uma garota – parecida com Vitória e com o mesmo nome dela – seria irmã de uma pessoa que tinha dívida de drogas.

Cães farejadores da Guarda Civil Municipal (GCM) de Itupeva apontaram que Bruno esteve no local onde o corpo da menina foi encontrado.

Jairo Coneglian, advogado do casal, afirma que Bruno e Mayara são inocentes, que eles não estiveram em Araçariguama e que os cães farejadores não produziram uma prova confiável. O advogado diz ainda que Júlio Ergesse está mentindo para proteger os verdadeiros assassinos.

 

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