Revolta, dor e comoção, a família do pequeno Henzo Matheus Pinto Elias está devastada com a morte precoce do garotinho. Um bebê lindo e sorridente que caiu nas mãos de um suposto médico no Hospital Público de Santo Antônio do Içá, município a 881 km de Manaus, capital do Amazonas; saiba mais.
De acordo com o portal de notícias online, G1, Ministério Público do Amazonas (MPE-AM) está investigando a morte de um bebê de 10 meses, que morreu no domingo (8), depois de um erro grosseiro de um médico que sequer possui registro no Conselho Regional de Medicina.
Bebê sofre overdose dentro do hospital
Henzo foi levado ao hospital por seus pais depois de apresentar febre e vômito, o bebê foi atendido pelo médico de plantão que estava na unidade, ele não teve o nome revelado. De acordo com as informações apuradas pela reportagem do G1, o médico possui um diploma de medicina da Bolívia, mas não possui validação para atuar no Amazonas. Segundo o TCE-AM, ele não tem inscrição no Conselho Regional de Medicina ou vinculação ao Programa Mais Médicos, do Governo Federal.
Segundo Rômulo Souza, pai do bebê, ele ficou internado por seis dias depois que o médico errou a dosagem do medicamento o que provocou uma overdose em Henzo. Muito comovido e revoltado, Rômulo disse que depois que o filho foi medicado piorou imediatamente e foi então que o médico notou que havia receitado uma dose cavalar do medicamento para alergia.
A dose especificada pelo suposto profissional de medicina era 10 vezes maior do que a correta. "Meu filho já estava muito doente depois de dois dias, com essa super dosagem, essa overdose no seu corpo. Ele [médico] me chamou em particular, pediu a receita. Eu mostrei uma cópia e ele pegou uma caneta e acrescentou um ponto [entre o 2 e o 5]. Disse, 'eu errei aqui'. Eu fiquei me perguntando, será se ele quis anular a prova?"
Em estado grave, Henzo foi transferido para o Hospital do Exército no dia 4 de julho, mas infelizmente ele veio a óbito no último domingo. Na certidão de óbito da criança consta que a causa da morte foi edema cerebral e hemorragia intracraniana.
O Ministério Público foi acionado e o caso será investigado, segundo o promotor de Justiça Carlos Firmino, tanto o médico como quem fez a contratação podem ser penalizados. A família clama por justiça.