Apesar da pressão dos caminhoneiros que paralisaram o País, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse, em entrevista, que “é possível sim que se estabeleça um veto” em relação à medida provisória aprovada no Congresso nesta quarta-feira (11) que trata do preço mínimo para os fretes rodoviários e anistia caminhoneiros e empresas de transporte.
O ministro justificou a possibilidade de veto dizendo que “existem diversos processos tramitando na Polícia Federal que nos trazem ainda maior convicção de que foi praticado sim, o locaute, durante aquele movimento”. Marun declarou ainda que o governo vai verificar o texto final e avaliar tudo “com cuidado”.
Sobre a crítica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que classificou de “retrocesso para a economia” a aprovação da tabela para fretes, o ministro respondeu dizendo que “não vemos necessidade de agradar a todos, precisamos fazer o necessário para o Brasil”.
A polidez com que o Governo trata o assunto, muito se deve a proporção alcançada pela greve dos caminhoneiros, que paralisou quase todas as atividades e abastecimento do país, causando uma perda bilionária e muitos outros transtornos aos brasileiros.
O agravante disto tudo é o cenário político e a iminência das eleições que definirão quem será o novo presidente da República, além das eleições federais em níveis de Senado e Câmara dos Deputados, todos na alçada direta do Governo Federal.
Fonte: Veja