As quadrilhas criminosas são muito organizadas no Brasil, e a polícia, muitas vezes, tem dificuldade para desmantelá-las. A cada dia, os criminosos criam novas modalidades de crime e se organizam como uma empresa. Alguns dos grupos chamam a atenção pela organização e também por quem são seus integrantes.
Foi o caso de uma quadrilha que sequestrava gerentes de bancos para roubar as instituições financeiras nos estados de Paraná e Rio Grande do Sul, na região sul do Brasil. O líder dos criminosos é um ex-pastor evangélico. O nome do homem que trocou a Bíblia por um revólver e a pregação da palavra por ameaças e coação não foi revelado, mas a notícia chocou muitos evangélicos.
O grupo de sete homens foi preso pelo Tático Integrado de Grupos de Repressões Especiais (Tigre). Foram os policias que confirmaram que o líder do bando é um ex-pastor. Além dos sete presos, há quatro que fugiram e estão sendo procurados.
Com os homens que foram para a cadeia, a polícia apreendeu quase R$ 250 mil e veículos (carros e motos). O armamento do bando era pesado. Eles portavam fuzis, pistolas e revólveres. Havia também em posse deles munição e 3,8 quilos de crack.
A operação para pegá-los foi bastante planejada e demorou dois meses para que fosse executada. Os trabalhos dos policiais foram feitos nas cidades de Curitiba, Matinhos e Ponta Grossa, no Paraná; e Itajaí, em Santa Catarina.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Luiz Fernando Artigas, o chefe da quadrilha gastava parte do dinheiro com viagens de luxo e carros novos e tem uma facilidade enorme de se comunicar e de conhecer pessoas. “Era ele que organizava e montava os grupos para cada um dos atos criminosos, mantendo seu núcleo rígido", explicou o delegado. Durante os roubos, os familiares dos gerentes também eram mantidos reféns.