A Polícia Militar (PM) do Paraná abriu um edital nesta segunda-feira (13) para contratar 16 cadetes, mas está dando o que falar por conta de um critério exigido no edital.
O edital aberto pode ser concorrido por homens e por mulheres. Vale ressaltar que o número preenchido por mulheres não pode ultrapassar 50% do total de inscritos de acordo com a Lei Estadual nº 14.804/2005. Porém, um dos 72 critérios existentes no processo chamam a atenção.
Os candidatos tem que comprovar a 'masculinidade'. A polêmica causada foi tão grande que a PM teve que se pronunciar. Em nota, a Polícia Militar afirmou que houve uma interpretação equivocada do critério, pois o objetivo é avaliar a capacidade emocional e a maneira como os candidatos enfrentam a dura rotina da Polícia Militar.
No edital, a palavra masculinidade aparece classificada como “capacidade de o indivíduo em não se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades, não emocionar-se facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor”. Ainda de acordo com o edital, a 'masculinidade' têm que obrigatoriamente ser apresentada, igual, maior ou regular ao solicitado.
A Aliança Nacional LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Intersexuais) e o Grupo Dignidade publicaram uma nota de repúdio ao edital, alegando que isso fere o direito de mulheres se candidatarem ao cargo.
O Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) informou que teve acesso ao edital durante o fim de semana e que vai discutir esse critério e a decisão será divulgada em nota.