Entenda por que crianças não devem usar sapatos com saltos

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Crianças expressam aquilo que vêem. Muitas vezes, ao ver alguém usando batons, saltos ou algum outro acessório, as crianças tendem à curiosidade para usar ou brincar. Em relação às meninas, ocorre de pedirem seus próprios calçadinhos de salto, para que possam ficar parecidas com a mãe. No entanto, segundo o ortopedista André Evaristo, que participa e atende na AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) e nos hospitais Sírio-Libanês e Villa-Lobos, em São Paulo, nesta hora é necessário dizer 'não'.

Ainda segundo ele, o recomendável é que o solado dos sapatos infantis tenham no máximo 1,5 cm e que sejam planos, sem elevação alguma, proporcionando melhor firmeza.

O doutor explica que já é um consenso na ortopedia infantil a recomendação de não permitir o uso de saltos em calçados infantis, e dá os motivos para tal restrição, salientando o risco de problemas futuros na coluna e nos pés.

“A criança está em pleno desenvolvimento muscular e ósseo. Nesta fase, os saltos fazem com que as estruturas ósseas se moldem de forma inadequada e podem causar lordose, além de outras deformidades na coluna e nos pés. Também podem afetar a postura, o equilíbrio e a própria mobilidade dos pés, o jeito de andar”, disse ele.

Uma especialista da Sociedade Brasileira de Pediatria, doutora pediatra Denise Lellis, informa ainda problemas no desenvolvimento motor, causando dores fortes nas panturrilhas e nos calcanhares, podendo incomodar por muito tempo. Denise alerta: “A gente está falando da definição de um futuro adulto. A prevenção de problemas é primordial na infância”.

A pediatra ressalta um perigo que pode trazer a adultização das crianças como puberdade precoce e revela: “o uso de sapatos de saltos por crianças significa uma adultização que vai contra a tendência mundial de deixar a criança ser criança. Já existem estudos que ligam os fatores psicológico e físico; a criança ser tratada e vestida como mais velha e o corpo responder com uma aceleração do início da puberdade”.

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