Em todo o mundo, há lares onde as bebidas alcoólicas costumam fazer parte das refeições, e serve como descontração e comunhão entre amigos e familiares. Já em outros lares, essa prática é totalmente inaceitável. Há vários fatores que podem explicar essa diferença de opinião, como cultura, saúde e, principalmente, a religião.
A grande maioria das denominações de igrejas evangélicas no Brasil proíbem o uso do álcool por parte dos seus fiéis, alegando principalmente que o corpo humano deve ser em tempo integral templo do Espírito Santo, e usam de argumentos alguns versículo bíblicos como Provérbios 20:1 que diz que 'O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora'.
Essa proibição por parte da igreja evangélica causa certa polêmica entre os cristãos devido ao fato de que a própria Bíblia, que é citada como argumento contrário, defende o uso do vinho em várias outras passagens, como no próprio livro de Provérbios que diz no capítulo 31, versículo 6 e 7: 'Dai bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho aos amargurados de espírito. Que ele beba, e esqueça da sua pobreza, e da sua miséria não se lembre mais'.
Outras passagens que são citadas por quem defende o uso da bebida alcoólica, dizem que o vinho é um presente de Deus, algo que pode tornar a vida mais alegre (Salmo 104:14, 15; Eclesiastes 3:13; 9:7). Além do mais, é sabido por todos que o primeiro milagre de Jesus foi feito em uma festa de casamento, transformando água em um ótimo vinho. O próprio Jesus bebia vinho e já chegou a ser acusado de ser beberrão em Mateus 11:19.
Mas afinal, pode ou não pode? É ou não é pecado?
Não, definitivamente o consumo de bebidas alcoólicas não é pecado, desde que seja com autocontrole e moderação. Na Bíblia há mais de 200 citações sobre o vinho, e em momento algum ela proíbe o uso do álcool. No entanto, ela avisa incessantemente sobre os perigos de ultrapassar os limites do copo. A embriaguez e o alcoolismo sim, podem ser considerados como pecado.
O problema de muitos é saber qual o real limite dessa relação, entre o beber socialmente e o beber para se embriagar. Por isso as igrejas recomendam a total abstinência até mesmo como precaução.