Nos dias atuais, muitas vezes as mulheres não precisam sair de casa para serem assediadas. É preciso apenas publicar uma foto pessoal nas redes sociais, que já pode gerar algum comentário ou mensagem desnecessária – e às vezes até mesmo constrangedora.
Essa é uma situação muito incômoda que ninguém gostaria de passar, mas infelizmente não é muito difícil ver casos de assédio, seja virtual ou não. São muitas notícias que circulam em noticiários de TV, rádio e na Internet, e cada vez mais vem se tornando uma realidade diária.
Uma grande evidência disso é o que vem acontecendo com a vendedora virtual da Magazine Luiza, a Lu, que por meio das redes sociais está recebendo comentários inapropriados de homens.
A Lu é uma personagem fictícia criada em 3D por animações gráficas de computação, com o objetivo estratégico de aproximar a marca Magazine Luiza a seus consumidores na Internet. Desse modo, a Lu interage com os usuários do Facebook, Instagram e Twitter, tirando dúvidas, divulgando novidades e agradecendo aos elogios de forma descontraída.
Apesar da Lu não fazer parte do mundo real, algumas pessoas no Facebook parecem não saber diferenciar a realidade com o mundo virtual e entendem de forma errada a relação de proximidade que a personagem significa. Nas publicações criadas na página da loja, vários homens comentaram em vídeos e imagens, ressaltando a beleza da vendedora virtual, elogiando-a como: “princesa”, “gata”, entre muitos outros adjetivos.
Como existe macho escroto nesse país!
A vendedor virtual do Magazine Luíza precisou fazer um poste pedindo respeito! Isso mesmo… RESPEITO!
Que ódio desses machistas nojentos! Até quando vamos ter que aguentar isso?#TretaNoCondominio #Assédio#ONUGaranteLula pic.twitter.com/Ax8opy1YyK— Inez Sousa (@Inez_Sousa) August 30, 2018
Alguns comentários são até difíceis de acreditar. Homens que querem um novo visual para ela e mudanças no corte de cabelo, outros são tão absurdos que até parece que a pessoa não percebeu que Lu não é real. Apesar de muitos acharem que tudo não passa de uma brincadeira, quando se ultrapassa os limites lisongeio, o assunto se torna ainda mais sério: um assédio. Se até mesmo uma vendedora virtual não escapa desse crime, imagine as mulheres reais.