Começou na última sexta-feira (7), uma nova missão proporcionada pelo governo da Argentina e a empresa americana Ocean Infinity, com finalidade de uma nova tentativa de encontrar o submarino argentino Ara San Juan – desaparecido desde 15 de novembro de 2017 – no Oceano Atlântico, quando retornava a Base Naval de Mar Del Plata.
A Ocean Infinity enviou o navio Seabed Constructor para essa nova operação. Ele vai vasculhar três áreas onde o submarino manteve os últimos contatos com a base. Nesta nova tentativa, câmeras acopladas em cinco veículos autônomos submersos – nada mais que mini submarinos com capacidade de descer até 6 mil metros de profundidade – que fiscalizarão as atividades no fundo do mar, com a propensão de encontrar resquícios ou até mesmo o submergível.
A suspeita é que a embarcação esteja presa em um local de até 3 mil metros de profundidade. Na época em que o ARA desapareceu, 18 nacionalidades ofereceram ajuda a nação argentina com navios, aviões e equipamentos tecnológicos, mas sem sucesso.
O navio fabricado na Noruega partiu do porto de Comodoro Rivadavia com marinheiros e familiares dos de alguns dos 47 tripulantes que estavam no Ara San Juan. “Sentimos que é a última oportunidade de encontrá-los. Também esperamos saber o que aconteceu”, descreveu o pai de um dos marinheiros que estava no submarino.
A escolha da Ocean Infinity pelo governo argentino para as buscas do S-42 reflete na tecnologia americana em operações de buscas. Essa mesma empresa é a responsável pela missão que patrulhou o Oceano Índico a procura sem sucesso do avião MH370 da Malaysia Airlines.
Caso as buscas pelo ARA tenham sucesso, a Argentina promete um pagamento de 7 milhões de dólares a empresa contratada. Encontrar o submarino pode ser um alivio para as famílias que ainda encontram-se desoladas com a fatalidade. Mesmo dados como mortos, os parentes desejam realizar um funeral de honra a seus entes.