Um transplante de órgão pode ser a salvação de algumas pessoas que por ventura tenham algum problema com seu órgão original. Apesar de ser um processo lento e demorado, encontrar um doador compatível é essencial para a sobrevivência do paciente. Mas, antes de receber o órgão doado, a saúde dos doadores é checada em seus mínimos detalhes.
Um caso inédito aconteceu na Holanda, em 2007 um paciente de 53 anos, doador de órgãos deu entrada no hospital com um derrame. Infelizmente, o homem não resistiu e veio a óbito. Os órgãos dele milagrosamente foram compatíveis com quatro pessoas que fizeram o transplante, porém, alguns meses após o recebimento dos órgãos essas quatro pessoas foram diagnosticadas com câncer. Três das quatro pessoas faleceram.
Uma mulher de 42 anos que recebeu o pulmão duplo do doador, apresentou complicações em 2008, um ano e cinco meses depois do transplante, após exames foi confirmado que haviam tumores no tecido epitelial da paciente, o câncer se espalhou e ela faleceu.
Depois da morte da mulher investigaram a receptora do rim esquerdo do doador, a mulher tinha 62 anos quando fez o transplante. Inicialmente não havia nada, mas cinco anos depois constatou-se que o câncer transmitido pelo doador espalhou-se por outros órgãos e ela morreu.
Outra mulher de 59 anos que recebeu o fígado também foi diagnosticada com câncer negou-se a retirar o órgão, faleceu 7 anos depois do transplante. O único sobrevivente foi um homem de 32 anos que removeu o rim que recebeu e precisou passar por quimioterapia para se recuperar.
Ainda não se sabe como isso aconteceu, mas acredita-se que as drogas imunossupressoras dadas aos transplantados ajudaram na progressão de vestígios de câncer indetectáveis do doador que vieram no transplante. A chance desse fato acontecer é de 0,01%, mas aconteceu com eles.