A nova indicação de Bolsonaro para o cargo de ministério está gerando polêmica em redes sociais, bem como críticas de diplomatas mais antigos. Muitas pessoas consideram que o diplomata Ernesto Fraga Araújo não representará bem o Brasil levando em consideração o posicionamento político que ele possui.
O preenchimento da ocupação de ministro das Relações Exteriores foi divulgado na última quarta-feira (14) pelo próximo presidente eleito pelos brasileiros, cujo nome é Jair Bolsonaro. A indicação foi duramente criticada pela mídia, sites importantes, por exemplo o Exame, afirmaram que o futuro representante da diplomacia apresenta ‘ideias controversas’.
O portal de notícias citado destacou que no final de setembro o rapaz iniciou um blog conhecido como Metapolítica 17: contra o globalismo, utilizando seu nome real e deixando nítido a identidade dele apesar de não ter se definido como membro da diplomacia brasileira.
Assim ele declara: “Sou Ernesto Araújo. Tenho 28 anos de serviço público e sou também escritor. Quero ajudar o Brasil e o mundo a se libertarem da ideologia globalista. Globalismo é a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural. Essencialmente é um sistema anti-humano e anti-cristão. A fé em Cristo significa, hoje, lutar contra o globalismo, cujo objetivo último é romper a conexão entre Deus e o homem, tornado o homem escravo e Deus irrelevante. O projeto metapolítico significa, essencialmente, abrir-se para a presença de Deus na política e na história.”
O Itamaraty permite que funcionários transmitam posicionamentos pessoais desde que sejam devidamente acompanhadas de um Disclaimer, devendo estar nítido que não refletem a posição real/oficial do Brasil. Ante o exposto, não existe barreira para diplomatas expressarem opinião pessoal desde que sejam obedecidas as regras.
Ernesto realiza uma série de críticas em desfavor do PT, além de fazer defesas em favor do Bolsonaro, mesmo durante o período de campanha; algumas publicações mais antigas foram removidas, porém o site exame conseguiu ter acesso ao conteúdo e divulgou na internet, tendo realizado críticas.