Edison Brittes Júnior, sua esposa Cristiana Brittes e a filha do casal, Allan Brittes, estão presos suspeitos de participação na morte do jogador Daniel Corrêa, ex-São Paulo e Coritiba.
Edison confessou o crime e agora a defesa da família Brittes trabalha para libertar Cristiana. O argumento utilizado pela defesa tem como base uma decisão tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mandes.
Em dezembro do ano passado, Gilmar concedeu liminar favorável à Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral. Adriana, condenada por associação criminosa e lavagem de dinheiro, precisava ficar perto de seus dois filhos, um deles com 11 anos.
Mesma idade da filha mais nova de Cristiana Brittes. A menina está sob cuidados de familiares desde que mãe, pai e irmã mais velha foram presos.
A decisão de Gilmar Mendes fez com que Adriana Ancelmo saísse da cadeia para aguardar julgamento de um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em prisão domiciliar.
A defesa dos Brittes emitiu embargo declaratório na última segunda-feira. O advogado Claudio Dalledone Júnior cita, no embargo, o voto de Gilmar Mendes no caso da mulher do ex-governador do Rio que havia sido presa na Operação Calicute, ligada à Lava Jato.
A defesa havia tentado revogação da prisão de Cristiana na semana passada, mas o juiz Siderlei Ostrufka Cordeiro negou. O argumento do magistrado é que a soltura poderia atrapalhar as investigações do caso. Agora que a Polícia Civil concluiu inquérito, isso pode acontecer.