Às 6h da manhã de hoje, quinta-feira, 29 de novembro de 2018, a Policia Federal prendeu o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, na operação Boca de Lobo. Pezão chegou a superintendência da PF às 7:52h dessa manhã.
Juntamente com o governador do Rio de Janeiro, foram presos; o secretario de obras, José Iran Peixoto Júnior; Cláudio Fernandes Vidal, sócio da JRO Pavimentação; o sobrinho de Pezão, Marcelo Santos Amorim; Luiz Carlos Vidal Barroso, servidor da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico; Luiz Alberto Gomes Gonçalves, sócio da JRO Pavimentação; Luis Fernando Craveiro de Amorim, sócio da High Control Luis; César Augusto Craveiro de Amorim, sócio da High Control Luis; e o secretario de governo, Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz.
“Luiz Fernando Pezão operou esquema de corrupção próprio, com seus próprios operadores financeiros. Há registros do pagamento em espécie a Pezão de quase R$ 40 milhões, em valores de hoje, entre 2007 e 2015. Na avaliação da força-tarefa da Lava Jato, solto, Luiz Fernando Pezão poderia dificultar ainda mais a recuperação dos valores, além de dissipar o patrimônio adquirido em decorrência da prática criminosa”, declara o Ministério Publico Federal.
“A Operação Boca de Lobo investiga os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, cometidos pela alta cúpula da administração do governo do Estado do Rio de Janeiro”, informou a PF.
Nas ocasiões anteriores ao ser questionado, Pezão negava envolvimento: “as afirmações eram absurdas e sem propósito”. “O governador afirma que jamais recebeu recursos ilícitos e já teve sua vida amplamente investigada pela Polícia Federal”, declarou.
O termos ‘Boca de Lobo’, usado para nomear essa operação, remete a imagem do dinheiro público sendo escoado pelo esgoto. No momento da prisão do governador, os motoristas que passavam por perto se manifestaram ao som das buzinas, parabenizando a ação.