Delação de Palocci é divulgada e revela ‘guerra jurídica’ contra Lula

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Antonio Palocci foi um dos homens de confiança de Luiz Inácio Lula da Silva enquanto este ocupava a presidência da República, entre 2003 e 2010. Palocci ocupou o cargo de ministro da Fazenda e tinha livre trânsito com o principal líder do Partido dos Trabalhadores (PT).

Preso desde abril na sede da Polícia Federal, em Curitiba, cumprindo pena de 12 anos e um mês pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, Lula já não conta com a simpatia de Palocci. Na última quinta-feira (6), foi divulgado a íntegra da delação do ex-ministro.

A partir da divulgação em portais, revistas, jornais e dos cinco minutos de reportagem no Jornal Nacional, exibido pela Rede Globo, surgiu uma guerra de acusações de ambos os lados.

Do lado de Palocci, as acusações são a própria delação. Do lado de Lula, a defesa do ex-presidente afirma que Palocci está ganhando vantagens, como prisão domiciliar e devolução de parte do dinheiro, para fazer acusações contra Lula.

Após a divulgação da delação, a defesa de Lula divulgou nota. No texto, a defesa do ex-presidente diz que Palocci foi confrontado e teria reconhecido alguns pontos.

“(1) recebeu benefícios de redução de pena e também patrimoniais com sua delação; (2) que um dos temas tratados em sua delação diz respeito a medidas provisórias; e que (3) foi advertido pela autoridade policial que firmou o acordo que se a narrativa do ex-ministro não for confirmada ele poderá perder os benefícios recebidos“, diz a nota.

Segundo a defesa, Palocci não é uma testemunha que fala com isenção, mas sim alguém interessado em manter as vantagens que obteve na delação.