Bolsonaro dá lição em Jean Wyllys e pode custar muito caro

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Se tem um desafeto bastante conhecido do presidente eleito Jair Bolsonaro é o deputado federal Jean Wyllys. Eles sempre se posicionaram um contra o outro, mas foi em 2016 que houve o ápice do desgosto que eles tem em comum.

Na ocasião, acontecia a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Irritado com uma declaração de Bolsonaro,  que citou o coronel Ustra em seu discurso, Jean acabou cuspindo no rosto do próximo presidente do Brasil. Além disso, Jean deu uma entrevista em que ele usa termos polêmicos, que foi considerada contra Bolsonaro, 

A equipe de Bolsonaro chegou a entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) por falta de decoro de Jean. No entanto, o Supremo arquivou o processo alegando que ele foi enviado fora do prazo. 

Agora a defesa do líder da extrema direita decidiu dar uma lição em Jean e deve entrar com um pedido  de reabertura ao STF. 

No recurso, a defesa contra-argumenta dizendo que respeitou o prazo. Também afirma que, mesmo que isso não tivesse ocorrido, a culpa foi de uma empresa estatal, os Correios, que demoraram para enviar os documentos ao STF.

A queixa-crime do presidente eleito foi apresentada em fevereiro deste ano, após Wyllys ter supostamente ofendido Bolsonaro em uma entrevista concedida ao jornal O Povo. Na entrevista, realizada em 11 de agosto de 2017, o parlamentar usa termos como “fascista”, “racista”, “burro”, “ignorante” e “canalha”, mas não menciona o nome de Bolsonaro, que ainda não era candidato à Presidência da República.