Bolsonaro ‘se vinga’ de Maduro e ‘fora’ histórico é anunciado

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Recentemente, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deu uma entrevista à imprensa de seu país acusando políticos de várias partes do mundo. Entre eles, estão os presidente eleito do Brasil,  Jair Bolsonaro, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

De acordo com Nicolás Maduro, Bolsonaro e Trump estariam se unindo em um grande plano. O planejamento teria como  objetivo assassinar Maduro. A fala não pegou bem. Agora o futuro governo federal já anuncia medidas históricas, que já demonstram o quanto a relação entre o Brasil e a Venezuela “azedou”.

O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, usou neste domingo, 16 de dezembro, sua página no Twitter para afirmar que vários líderes do mundo vão ser convidados para a posse de Jair Bolsonaro. No entanto, que o presidente venezuelano não receberia o mesmo convite. 

A atitude pode antecipar um rompimento de relações diplomáticas, já que é uma demonstração de hostilidade. Os termos da comunicação de Araújo no Twitter são ofensivos e uma provocação. Ainda no período eleitor, Bolsonaro já demonstrava que não concordava nem um pouco com o governo de Maduro.

Em algumas campanhas eleitorais, Bolsonaro, inclusive, associava que, caso o PT voltasse a vencer o pleito, o Brasil poderia virar uma nova Venezuela. 

“Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolás Maduro para a posse do PR Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira. Todos os países do mundo devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela”, escreveu o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em um post na rede social.

Outra versão: Venezuela contradiz futuro ministro e diz que Brasil convidou Maduro para posse de Bolsonaro

O governo venezuelano afirmou neste domingo que o presidente Nicolás Maduro foi convidado para a posse do direitista Jair Bolsonaro, desmentindo o futuro chanceler brasileiro, Ernesto Araújo.


“Aqui podem ler as duas notas diplomáticas oficiais enviadas pelas autoridades brasileiras convidando o governo venezuelano e o presidente a comparecer à posse de Jair Bolsonaro”
, tuitou o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza. 

O funcionário também divulgou um documento enviado pela Venezuela, com data de 12 de dezembro, em que se descarta a presença de Maduro, que irá prestar juramento para um segundo mandato em 10 de janeiro, após eleições questionadas.

Procurado, o Ministério das Relações Exteriores informou que não comentará o assunto. Segundo apurou o G1, a orientação inicial para o ministério foi convidar todos os países, mas, depois, a orientação foi não incluir Cuba e Venezuela.