O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre 12 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, está de luto. Morreu nesta terça-feira (25), um amigo de longa data do líder do PT. Aos 74 anos, o advogado e ex-deputado federal Luiz Carlos Sigmaringa Seixas morreu no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Ele sofria de leucemia.
Assim que soube da notícia, a defesa do ex-presidente entrou com pedido para que Lula pudesse ir ao velório de Seixas devido ao estreito relacionamento pessoal existente há mais de 30 anos. O juiz plantonista Vicente de Paula Ataide Junior negou o pedido e afirmou que, apesar da proximidade, a liberação de Lula não poderia ocorrer porque não há nenhum grau de parentesco entre ele e o falecido.
Com essa decisão, Lula não poderá se despedir do amigo de 30 anos e viverá o luto na cela da sede da PF onde está preso desde abril. O ex-presidente apenas sairia se tivesse morrido alguém de sua família.
Seixas foi filiado aos três maiores partidos do Brasil: PT, PSDB e PMDB. O advogado também atuou na defesa do ex-presidente Lula no processo do tríplex do Guarujá. Lula acabou condenado em primeira e segunda instâncias neste processo.
Nas redes sociais, o presidente Michel Temer lamentou a morte do “grande advogado e homem público”. Segundo Temer, Sigmaringa Seixas lutava pela democracia brasileira. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, também lamentaram a morte.
O enterro acontecerá no Cemitério Campo Santo, em Brasília, nesta quarta-feira (26). O presidente Temer, em suas últimos dias de mandato, disponibilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar o advogado de São Paulo para a capital federal.