O governo de Jair Bolsonaro (PSL) como presidente da República mal começou e já está recheado de medidas polêmicas e nomeações controversas. E isso se tornou um terreno fértil para seus opositores. Nesta terça-feira (8/01), foi publicado no Diário Oficial da União a nomeação do filho do general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, para assessor empresarial do Banco do Brasil.
Com a nova função, Antonio Hamilton Roussel Mourão passará a receber remuneração de cerca de R$ 30 mil. O valor surpreende, já que anteriormente ele ganhava no mesmo banco R$ 12 mil mensais. Apesar da polêmica, o Banco do Brasil preferiu não comentar o ocorrido.
No novo cargo, Antonio Mourão irá ser assessor da presidência do BB, trabalhando perto da nova chefia do banco público. Ele é funcionário da instituição há mais de 18 anos e ter formação específica superior. Anteriormente, ele atuava como assessor da diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil.
Apesar da escolha ter sido por critérios “técnicos”, os internautas não perdoaram e comentaram a medida com críticas.
Pelo Twitter, opositores de Bolsonaro falam em nepotismo e apontam que “a mamata não acabou”. O youtuber Felipe Neto também se pronunciou.
“MAS O FILHO DO MOURÃO É CONCURSADO E TRABALHA EM BANCO HÁ MAIS DE 18 ANOS”
Verdade gente, desculpa, foi só uma COINCIDÊNCIA ele ter dobrado o salário e recebido uma mega promoção num banco de capital misto OITO DIAS dps do pai dele virar Vice-Presidente do Brasil.
— Felipe Neto (@felipeneto) January 8, 2019
Se ele já era funcionário do Banco, era devidamente concursado e deve ter capacitação suficiente para assumir o cargo. Agora, passar um salário de 12 para 36 mil, quando houve críticas aos altos salários… é complicado.
— Flor de Lis (@FlordeL30565479) January 8, 2019
Novos chefes dos bancos
Bolsonaro deu posse ontem, em Brasília, aos chefes dos bancos públicos do Brasil: Banco Central, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A cerimônia foi transmitida nacionalmente e teve repercussão em todo o mundo. O BB ficou a cargo de Rubem Alves; O BNDES foi para o comando de Joaquim Levy; e a Caixa para Pedro Guimarães.