Indicação de Bolsonaro cria polêmica na Petrobras: ‘cargo para o amigo’

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Carlos Victor Guerra foi apontado pelo presidente Jair Bolsonaro como seu “amigo particular”, durante uma de suas campanhas políticas, nas eleições passadas.

Agora, passado a posse do presidente, o “amigo” recebeu uma indicação da Petrobras para se tornar o gerente executivo de Inteligência e Segurança corporativa da estatal.

A empresa defendeu a indicação de Nagem, dizendo que ele já atua na companhia por mais de 11 anos, tendo seu currículo como um dos mais adequados para a vaga. Atualmente lotado, o mais novo indicado a gerente, nunca havia ocupado um cargo comissionado dentro da estatal.

A informação foi publicada pelo site “O Antagonista”, mas logo depois foi confirmada pela “Folha de São Paulo”. O cargo ao qual Nagem teve seu nome indicado, forma o segundo escalão na hierarquia da Petrobras. Para se ter uma ideia, ele só fica abaixo da diretoria, com um salário em torno de R$ 50 mil reais. A estatal não costuma fazer a divulgação dos vencimentos de seus empregados.

Em relação a indicação do “amigo”, Bolsonaro se manifestou através de suas redes sociais. O presidente postou uma foto com a indicação e o currículo de Nagem. Na legenda da publicação ele escreveu: “A era do indicado sem capacitação técnica acabou, mesmo que muitos não gostem, estamos no caminho certo”. Esta não é a primeira vez que o indicado se candidata a cargos públicos.

Em 2002 ele disputou a vaga de deputado federal no Paraná, e em 2016 a vereador da capital paranaense. Nessa última campanha ele contou com o apoio do presidente. Roberto Castello Branco, atual presidente da Petrobras, negou que a indicação de Nagem tenha qualquer tipo de ligação política.