Luiz Fux, vice-presidente do STF e ministro de plantão, decidiu suspender de forma provisória as investigações que foram instauradas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que apuravam as movimentações de ordem financeira, consideras irregulares e atípicas, em uma das contas de Fabrício Queiroz, por parte do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf.
A decisão foi tomada após pedido do senador eleito, Flávio Bolsonaro. Foram apontadas investigações na ordem de R$ 1,2 milhão na conta do ex-assessor e ex-motorista do filho do presidente, Jair Bolsonaro, sem quaisquer tipos de esclarecimentos.
Ele foi convocado em duas oportunidades para prestar depoimentos para o Ministério Público, mas não compareceu em nenhuma delas, alegando problemas de saúde. Flávio, da mesma forma, foi convocado, mas não prestou depoimentos.
O relator do caso é o ministro Marco Aurélio Mello. Entretanto, ele encontra-se em recesso e retorna às atividades no Judiciário apenas no próximo dia 31. O entendimento de Fux é de que, como Flávio Bolsonaro terá foro privilegiado em fevereiro, quando toma posse como senador, ao relator no STF caberá decidir sobre a continuidade das investigações.
As apurações que chegaram até Queiroz fazem parte da Operação Furna da Onça. No mesmo documento, outros 74 servidores e também ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a Alerj tiveram constatações de movimentações consideradas irregulares.
Esta operação faz parte de um desdobramento da Operação Lava Jato no estado do Rio, que até o momento já prendeu 10 deputados do estado fluminense.