Doenças, depressão e suicídio; seis anos depois, incêndio na boate Kiss acumula vítimas entre os pais

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Em meio a grande tragédia que aconteceu nessa semana em Brumadinho, outra tragédia que chocou o Brasil faz aniversário. Em 27 de janeiro de 2013 o país amanheceu com a triste notícia de que um incêndio na boate Kiss de Santa Maria (RS) havia tirado a vida de 242 pessoas. 

De lá pra cá, pouco aconteceu no âmbito judicial para que os familiares das vítimas se sintam justiçados, e talvez até por isso, muitas famílias vêm adoecendo ao longo dos anos. 

Doenças como depressão, estresse pós-traumático e síndrome do pânico se tornaram comuns entre os pais das vítimas. Muitos deles já tentaram suicídio, alguns até mais de uma vez, como Carina Corrêa que perdeu sua filha Thanise de 18 anos.

Carina vêm melhorando e encontrando forças através de terapia. Atualmente 80 pais usam o espaço “Santa Maria Acolhe” para tratamento psicológico e psiquiátrico. 

Entre os familiares que sofrem com depressão e seguidas tentativas de suicídio, 6 já perderam a batalha e morreram vítimas de doenças relacionadas a grande perda que tiveram. 

Algo similar aconteceu na Argentina após o incêndio da boate República Cromañón em 2004 que matou 194 pessoas e deixou outras 1432 feridas. Lá também o efeito da tragédia nas famílias atingidas foi devastador.

A ONG argentina ‘Famílias Por la Vida’ vêm estudando o estrago que a tragédia provocou entre os sobreviventes e os familiares que perderam entes queridos no incêndio. De lá pra cá, 18 dos sobreviventes vieram a falecer, boa parte deles de suicídio. Entre os pais o número de mortes sobe para 27.