Nos últimos três dias, os principais canais de TV do país dedicaram os seus espaços para falarem sobre a tragédia que aconteceu em Brumadinho, região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Os telespectadores puderam ver um pouco da dor na região.
No entanto, segundo voluntários, emissoras como a Globo não mostram nem de perto o que teria ocorrido. A professora do Ensino Fundamental, Silvânia Fonseca Moraes, mora na região e ajudou no voluntariado. Ela relata que foram gritos, crianças chorando e até fogo diante de um ambiente difícil de trabalho.
Em Brumadinho, voluntários descrevem realidade da triste tragédia envolvendo cidade
A professora disse que nunca se interessou por filmes de terror, mas que viveu um filme desse gênero ao vivo. Ela, que já havia ajudado em resgates de incêndio, confessa que nunca viu nada parecido em sua vida. A voluntária decidiu ajudar, porque, já de início, percebeu que o número de vítimas era assustador.
A professora conta que fez um pedido aos bombeiros: não queria ver corpos. “O que gosto é de salvar vidas. Não tenho estrutura para ver corpos”, diz. “Nunca vi tanto horror na minha vida. A lama não deixou vestígios. Ela passou varrendo tudo”, contou a professora sobre os resgates que aconteceram na região.
A revelação foi feita ao UOL. Outros voluntários também falaram sobre o assunto e se mostraram tristes diante do acontecido, revelando o terror do resgate em Brumadinho.
Até o fechamento dessa matéria, as autoridades contavam 58 mortos, 305 desaparecidos, além de muitos resgates.