“Ele tentou enfiar a língua dele na minha boca“, essa foi uma frase utilizada por uma enfermeira no inquérito policial que apurou as denuncias de abuso sexual feitas contra o prefeito Ademir Alves Lindo, do PSDB, que administrava a cidade de Pirassununga, interior de São Paulo, situada a 208 quilômetros da capital.
Os assédios às mulheres ocorriam dentro do gabinete do prefeito, segundo informação veiculada no site do jornal “O Estado de São Paulo“. Quatro mulheres foram vítimas do prefeito, que tentava beijar a boca das vítimas que iam até seu gabinete solicitar serviços em sua gestão.
Em um dos casos, a vítima levou a filha de 11 anos ao gabinete, pensando que isso inibiria o assédio, no entanto, Ademir Alves Lindo segurou a força o rosto da criança e também lhe beijou a boca. Antes disso ele já teria tentado beijar a boca da mãe.
As duas foram deixadas sozinhas no gabinete por um vereador, que faria companhia as vítimas, mas um dos assessores chamou o mesmo para fora da sala, e nesse momento, o prefeito fechou a porta e assediou mãe e filha.
Em outro episódio, uma mulher com sete filhos foi até o gabinete do prefeito para tentar conseguir a realização da cirurgia de laqueadura. Após ser entrevistada pelo gestor e informar que tinha sete filhos, o assédio começou com comentários do tipo: “você deve ser muito boa de cama“. Enquanto fazia comentários, o prefeito também beijou a mulher contra a vontade dela.
Após receber as denúncias, o juiz Rafael Pinheiro Guarisco condenou o prefeito Lindo em ação civil pública. Resultado? A perda dos direitos políticos por 5 anos e pagamento de uma indenização às vítimas no valor de cem vezes a sua remuneração.