O Grêmio inicia o ano sendo um tipo de progresso daquela equipe dos últimos dois anos. A disposição ofensiva continua, mas Renato Gaúcho tem praticado princípios diferentes para manter a equipe afiada. A invencibilidade no campeonato estadual e o ataque com 15 gols feitos são as provas de que, até agora, o time entendeu bem as novas ideias.
A saída de Cícero, que foi para o Botafogo, e Ramiro, que está no Corinthians, instigaram as trocas, mas as pequenas alterações já haviam sido mostradas no início dos anos anteriores.
O desempenho do Grêmio no Campeonato Gaúcho é quase perfeito, mas precisa ser contextualizado. Até com reservas, o tricolor afirmou cinco partidas onde era o protagonista. Ou seja, tinha o dever de atacar e os adversários na maior parte do tempo procuraram defender fechando os espaços e sair em contra-ataque.
Nesse contexto, as quatro vitórias (três delas com direito a goleada) e um empate ressoa mais razoáveis. O número de gols marcados, porém, segue sendo um acontecimento chamativo. E mais: 10 dos 15 gols foram feitos pelos atacantes.
Outra mudança é as instruções dadas ao Everton. Artilheiro do Grêmio em 2018, o meia-atacante passou a se localizar mais ‘por dentro’. A boa fase nas finalizações e o drible afiado são algumas das razões, mas outro é criar maior opção de passe para quem está carregando a bola que avança pelo centro do gramado.
A presença de Juninho Capixaba, reserva de Bruno Cortez, também faz o Grêmio ter um posicionamento especial. O time recebeu orientação para fechar espaços e o lateral esquerdo recebe liberdade para atacar. Não à toa, o jogador emprestado pelo Corinthians já fez dois gols.
O Grêmio volta a campo no domingo, contra o Avenida. A partida válida pela sexta rodada do Gauchão também vale taça. Os dois clubes disputam a Recopa Gaúcha durante os 90 minutos. Em caso de empate, o título será definido nos pênaltis.