O site Catraca Livre trouxe uma atualização sobre o estado de saúde de Jair Bolsonaro, que não está sendo muito comentado pela mídia. A maioria das notícias conta que ele tem melhorado, embora tenha saído de uma cirurgia e esteja com pneumonia.
De fato, ele tem conseguido se alimentar e até chegou a publicar nas redes sociais que está caminhando para uma melhora significativa, mas ainda há muito suspense sobre o assunto.
As especulações começaram depois que o Hospital onde está internado informou que ele não tem data definida para alta médica.
Há muitos motivos para isso. Até o momento, não está descartada a possibilidade de uma nova cirurgia. Ele possui histórico de febre, que indica infecção. Por isso, a Folha fez uma investigação minuciosa, através da repórter Cláudia Collucci, que é especialista em saúde.
Ela ouviu especialistas e questionou os boletins médicos oficiais. Ela levantou dados importantes sobre a saúde de Bolsonaro, como o fato de ele ainda correr alguns riscos. Os médicos dizem que muitos imprevistos podem ocorrer durante a recuperação da cirurgia.
O cirurgião Diego Adão Fanti Silva, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), disse que o maior risco é a infecção hospitalar.
“O fato de o paciente estar recebendo antibióticos de amplo espectro e internado em um ambiente onde existem bactérias resistentes e fungos [hospitais e UTIs, de um modo geral] aumenta o risco de apresentar uma infecção adquirida no hospital por germe multirresistente. Esse risco é ainda maior quando o paciente possui dispositivos invadindo seu corpo, como sondas e cateteres”, afirma.
Mesmo que tudo ocorra bem, Bolsonaro ainda corre o risco de sofrer uma aderência no intestino. Segundo os especialistas, esse risco ficará para sempre, o que fará com que ele precise de nova cirurgia.