Com uma ideia que afronta o presidente Jair Bolsonaro, que sempre ressaltou que não deve haver educação sexual nas escolas, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defende que ter essa disciplinas nas escolas pelo país.
“Acho que tem que fazer, não dá pra não fazer”, disse o ministro em uma entrevista concedida à Agência Brasil, depois de uma cerimônia de assinatura de parceria entre ministérios com o intuito de prevenir a gravidez precoce na adolescência.
De acordo com ele, a taxa de gravidez nessa faixa etária é de cerca de 56 meninas a cada mil. É um número significativamente maior do que no restante do mundo, uma vez que a média mundial é de 49 a cada mil. De acordo com o ministério, embora o número não seja baixo, houve uma redução de 13% em relação aos bebês de mães adolescentes.
Houve também o levantamento de estatísticas entre as raças. Meninas pardas correspondem a 19,57% e meninas negras a 15,3%, de acordo com a classificação indicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Para o ministro da saúde, essa educação nas escolas é fundamental para diminuir esses indicadores. Mandetta diz que a gravidez na adolescência tem forte relação com o abandono escolar levando assim ao aumento da mortalidade infantil. “A evasão escolar é problema para a saúde pública”, defende o ministro.
“No contexto do Ministério da Educação, temos as putas de formação, de educação de nossos adolescentes que serão mantidas. No entanto, no contexto desse acordo, veremos o que será necessário atualizar. No momento ficam as pautas conforme estão estabelecidas em diálogo, sobretudo com a família”, disse Mandetta.