O presidente Jair Bolsonaro teve que contornar uma situação difícil sobre uma decisão tomada pelo Ministério da Economia, que trouxe uma forte reação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
É que no último dia 05 de fevereiro, a equipe econômica do governo decidiu por fim à cobrança de uma taxa sobre importações de leite em pó oriundos da Nova Zelândia e da União Européia.
A sobretaxa sobre o leite em pó era prevista na legislação brasileira desde 2001 e se juntava à tarifa sobre o produto, que atualmente é de 28%. A intenção da taxação era compensar os preços oferecidos pelos produtos importados, que entravam no mercado brasileiro custando abaixo do preço de custo da produção nacional.
De acordo com a reclamação dos ruralistas integrantes da FPA, a medida tomada pelo Ministério da Economia terá como consequência um acirramento da concorrência do produto importado com produtores brasileiros, o que poderia causar um verdadeiro colapso entre a produção nacional.
Preocupados com a medida, integrantes da frente parlamentar procuraram o presidente, que ao saber da decisão, disse que foi pego de surpresa e imediatamente ordenou que a decisão fosse revista.
FPA foi fundamental em campanha de Bolsonaro
A Frente Parlamentar Agropecuária é composta por 250 parlamentares do Congresso Nacional. Liderados pela deputada Tereza Cristina (DEM-RS), a FPA teve um apoio decisivo a Bolsonaro em sua campanha presidencial para que o PSL ganhasse apoio entre o setor ruralista.
Por esse importante apoio, Bolsonaro acabou por conceder a deputada Tereza Cristina, o comando da pasta do Ministério da Agricultura.