Mãe de rapaz morto por segurança do Extra não consegue ir ao enterro do filho; entenda

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Pedro Gonzaga, o jovem morto pelo segurança do Extra, foi sepultado hoje no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na zona oeste do Rio de Janeiro. A mãe do rapaz passou mal a caminho do enterro e não teve condições de enterrar o próprio filho.

O episódio aconteceu na última quinta-feira (14). Pedro foi imobilizado com um ‘mata-leão’  e sofreu duas paradas cardiorrespiratórias. Os bombeiros socorreram o garoto, mas não impediram que o pior acontecesse; o jovem não resistiu.

A empresa que terceiriza serviços de segurança para o mercado informou que a imobilização ocorreu como parte do procedimento em casos desta natureza, e devido ao ‘perigo’ que o rapaz oferecia, o segurança só agiu conforme a situação pedia. Em nenhum momento se fala sobre excesso de força ou erro por parte do profissional, nem mesmo uma palavra de conforto aos familiares.

Por sua vez, o segurança foi levado ao 16ª DP (Barra da Tijuca) e posteriormente à DH-Capital (Delegacia de Homicídios), onde prestou depoimento e foi liberado mediante o pagamento da fiança. Ele foi indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

Amigos falaram um pouco sobre Pedro, que era pai de um bebê e tinha o sonho de ser DJ. Rafael Costa, um dos amigos, disse que Pedro era ‘tranquilo’, e que a ação do vigilante foi excessiva e desnecessária.

Amigos e familiares, entre outros, marcaram uma manifestação em frente ao mercado onde ocorreu o episódio. A ideia é alertar as instituições e demais camadas da sociedade sobre a violência no meio social, já que acontecimentos desta natureza são comuns.