Apesar do bloqueio feito na fronteira do Brasil com a Venezuela, Jair Bolsonaro decidiu manter a ajuda humanitária para o país vizinho após ter se reunido com seus assessores. A entrega de mantimentos e remédios está mantida para este sábado (23), mas somente um caminhão até agora conseguiu atravessar para o lado venezuelano.
Otávio Rêgo Barros, porta-voz do governo, deu uma entrevista coletiva no qual confirmou que ainda na manhã de hoje começará a chegar a ajuda humanitária para o povo venezuelano e que deverá durar alguns dias. Em Boa Vista, capital de Roraima, tem um caminhão venezuelano à espera no posto de coleta, a questão agora é se ele conseguirá chegar ao país de origem.
De acordo com Otávio Rêgo Barros, este centro já tem mais de 200 toneladas de alimentos, como café, feijão, arroz, açúcar, entre outros, além de vários medicamentos. O porta-voz do governo informou que os caminhões venezuelanos é que farão todo o transporte e que motoristas brasileiros não terão que se arriscar no país vizinho.
Sábado será decisivo para entrega da ajuda humanitária
As fronteiras do Brasil com a Venezuela estão bloqueadas, mas o presidente insiste em enviar a ajuda humanitária e segundo o porta-voz do governo, caberá às equipes operacionais que estão em Boa Vista, definir como será feito o envio dos alimentos e medicamentos para os venezuelanos.
Como serão utilizados apenas caminhões vindos da Venezuela, pode até ser que esta ajuda humanitária não seja enviada. A fronteira foi fechada às 21 horas, pelo horário de Brasília, desta última quinta-feira (21). Com isso, os caminhões venezuelanos poderão não conseguir chegar ao Brasil.
Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, determinou este sábado (23), como o dia para a ajuda internacional entrar na Venezuela, mas o regime chavista alega que esta ajuda humanitária nada mais é que uma desculpa para tentar derrubá-lo.