Maduro pode ficar ‘cara a cara’ com Donald Trump e clima esquenta na ONU

PUBLICIDADE

O grave problema econômico e diplomático da Venezuela está preocupando as principais potências do mundo, inclusive os Estados Unidos, que desejam colocar logo um ponto final no governo do venezuelano, Nicolás Maduro.

E na contramão do desejo de Trump, que já afirmou que está analisando uma possível intervenção militar na Venezuela, o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, fez um pedido um tanto quanto inusitado nesta quarta-feira, 27, em uma reunião de representantes de vários países na ONU.

Arreaza afirmou que Maduro quer se encontrar com Donald Trump e debater as suas “diferenças” com o presidente americano. O encontro poderia até ser marcado nos Estados Unidos.

Voltamos a sugerir o caminho do diálogo, o diálogo com os Estados Unidos, e por que não uma reunião entre o presidente Trump e o presidente Maduro?” questionou o chanceler. 

Existem diferenças, sim, mas vamos trabalhar em concordâncias”  afirmou Arreaza.

Agressões a Venezuela

O representante venezuela logo após sugerir o diálogo começou a apresentar diversos pontos, aos quais Maduro considera como verdadeiras “agressões a Venezuela”. Nestes pontos, Arreaza disse que políticas de bloqueio econômico e congelamento de ativos no exterior estão agravando ainda mais a crise do povo venezuelano.

Sobre a ajuda humanitária, na qual o Brasil participou da tentativa da entrada de caminhões na Venezuela, o chancelar venezuelano disse que não se passava de um pretexto para que militares entrassem em solo venezuelano.

Como forma de protesto, diversos embaixadores de países europeus e latinos deixaram a sessão da ONU quando Arreaza iniciou seu discurso em defesa de Maduro.