Gaviões da Fiel, acusada de ofender o cristianismo, já criticou eleitores de Jair Bolsonaro

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O Grêmio Recreativo Cultural e Escola de Samba Gaviões da Fiel Torcida, é hoje a maior torcida organizada do Corinthians, dividindo seus trabalhos com o futebol e com o Carnaval paulista, sendo também uma escola de samba.

Em seu desfile, a escola de samba gerou uma grande polêmica, por conta de uma apresentação interpretada por muitos como sendo uma afronta ao cristianismo. Outros, porém, defendem que os críticos estejam fazendo uma interpretação equivocada do ocorrido.

Essa não é a única polêmica envolvendo a Gaviões da Fiel e a ala mais conservadora do país, sobretudo aliada ao presidente da República, Jair Bolsonaro.

O presidente da torcida, Rodrigo Gonzalez Tapia, conhecido como Digão, assinou uma nota onde se posiciona, em nome da organizada do Corinthians, contrário ao presidente da República Jair Bolsonaro.

O manifestou foi feito em 2018, antes das eleições ordinárias nacionais, na época em que Jair Bolsonaro ainda era candidato ao Planalto. Agora, com essa exposição decorrente do desfile do último sábado (4), ocorrido veio à tona.

A alegação é de que Bolsonaro represente uma afronta a ideologia e a história da Gaviões. Fundada no ano de 1969, durante o Regime Militar, Digão questiona aos membros da torcida a memória da repressão que a escola teria sofrido, bem como o principal objetivo de seu surgimento, a derrubada de um “ditador” dentro do Corinthians.

Em tom bastante crítico, ele afirma que os apoiadores de Bolsonaro, o qual jogaria no lixo, segundo suas palavras, todo o passado de luta da instituição, deveriam repensar a permanência dentro da torcida e, não havendo consonância com esses ideais, poderiam retirar-se da Gaviões da Fiel.

Mesmo com um tom mais brando, a mensagem foi clara: eleitores de Jair Bolsonaro não são bem vindos dentro da Gaviões da Fiel. Atualmente a torcida organizada se configura como uma das maiores do país, com a existência de cerca de 120 mil associados.