A medicina conseguiu, pela segunda vez, reduzir a carga de vírus HIV-1 em um paciente. Este é o vírus causador da Aids e tudo indica que o paciente está curado, uma notícia que está sendo comemorada no mundo todo.
Há dez anos, uma pessoa com este mesmo vírus conseguiu se ver livre da doença. O paciente nunca mais deu sinais de que estivesse com o vírus. Estes dois pacientes foram submetidos ao transplante de medula óssea e o procedimento já é apontado como a cura para a Aids.
Os dois pacientes foram submetidos ao transplante de medula óssea durante um tratamento de câncer no sangue e receberam células-tronco doadas por doadores que tinham uma mutação genética diferente da maioria das pessoas, capaz de impedir o avanço do HIV.
Ravindra Gupta, autor do estudo e também professor na Universidade de Cambridge, declarou que com este segundo caso ficou provado que ‘o paciente de Berlim não era uma anomalia’.
Hoje, em todo mundo, são milhões de pessoas infectadas com o HIV e torcendo para que a cura seja descoberta logo, enquanto isso, vão tentando manter a doença sob controle fazendo uso da ARV, uma terapia antirretroviral, só que isto não elimina de vez o vírus, a pessoa convive com ele em seu corpo.
As drogas retardam o vírus e os pacientes precisam fazer uso dos medicamentos a vida toda, mas com este avanço da medicina abre-se uma porta para uma possível descoberta de como acabar com a doença de vez. Estima-se que são 37 milhões de pessoas vivendo com o vírus HIV, sendo que apenas 59% destas recebem ARV. Todos os anos, morrem cerca de 1 milhão de pessoas por causas relacionada ao HIV.
O caso paciente mostra que é possível encontrar uma cura para a Aids, mas ainda é preciso investir muito em pesquisa para tentar descobrir qual foi a parte do transplante que acabou sendo fundamental para que o paciente se livrasse do vírus.