A bancada evangélica, que ajudou o presidente Jair Bolsonaro a chegar no poder, estaria descontente com algumas atitudes do político.
Antes se mostrando a maior apoiadora do presidente, agora não poupa as críticas e utilizam até as redes sociais para expor seu descontentamento.
Exemplo disso, é o pastor Marcos Feliciano do Podemos-SP, que resolveu se pronunciar sobre o governo em sua rede social. Em um de seus tweets ele disse: “Quando o governo resolve governar sozinho, se torna um gigante com pés de barros. O que adianta ter a estrutura que tem se o alicerce é frágil? O presidente tem que cimentar os pés. E isso se faz chamando as bancadas para conversar”.
Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) alegou que jamais a bancada fará alguma coisa para sabotar o presidente, mas que política se faz com diálogo. Para ele, a bancada nunca teve voz, mas agora está cada vez pior, pois, o atual presidente só vem conversando com os militares e seus filhos.
O político ainda “mandou” um recado para o governo sobre as propostas por eles apresentadas: “Matérias como a da Previdência, sem diálogo, ninguém coloca o dedo”.
Bolsonaro dá ‘xeque-mate’ para calar de vez bancada evangélica
Na contramão disso tudo, Bolsonaro segue tentando minimizar a ira da bancada evangélica, realizando algumas ações. Exemplos mais recentes disso, foram as críticas feitas a “Caderneta de Saúde do Adolescente”, que contém informações consideradas inapropriadas pela bancada, mas que de acordo com a declaração do político será mudada.
Além disso, em sua primeira semana como governante, Bolsonaro mandou retirar cartilhas dirigidas a trans que explicava tudo desde a transformação do corpo até doenças sexualmente transmissíveis. Poucos dias depois, o material já havia retornado aos postos sem as ilustrações polêmicas.
No ministério da Educação, o conservadorismo também está sendo considerado, pois, o ministro Ricardo Velez já anunciou que o programa Saúde nas Escolas passará por uma modificação para se adequar ao padrão da família brasileira.