Fernanda Chaves era a jornalista que estava junto com Marielle Franco no dia do crime que resultou na morte da vereadora e que chocou o país pela gravidade do ocorrido e pelas teorias levantadas sobre o caso. Além de Marielle, o motorista Anderson Gomes também morreu nesse crime que aconteceu no dia 14 de março.
A assessora e jornalista chegou a fugir do país e esconder a sua identidade, porém ela disse em uma entrevista concedida do Fantástico que ela não quer mais preservar a sua identidade temendo novos ataques.
“Quero retomar a vida. Não faz sentido eu estar numa sombra, isso reforça a ideia de que sou uma testemunha ocular e tenho alguma informação privilegiada. Eu apenas ouvi uma rajada”, disse Fernanda que afirma não saber quem são os autores dos disparos de dentro do carro.
Ela atuava como assessora de Marielle Fanco e temendo sofrer outro ataque no país, ela fugiu do Brasil após o crime e relatou que viveu meses escondida na Espanha e posteriormente na Itália.
A assessora classificou o fato como uma ‘vergonha mundial’ pelo fato do crime não ter sido desvendado, mesmo já tendo passado um ano. “Não é possível que a gente vá continuar passando essa vergonha no mundo, que é o que está acontecendo agora, de não responsabilizar ninguém por esse crime bárbaro”, desabafou ela.
Questionada sobre quem acha que são os suspeitos, ela desviou o assunto e não fez qualquer relacionamento com o assassinato às milícias da cidade do Rio de Janeiro. Chaves apenas relatou que Marielle ‘incomodava’ em seu cargo e estava sofrendo a rejeição de outros parlamentares que segundo ela não queriam estar no mesmo lugar com uma mulher assumidamente lésbica e negra.