Geralmente, os pais utilizam televisão, tablets e celulares como forma de distração para as crianças. No ano de 2017, o Brasil teve 236,5 milhões de celulares operando, uma média de 113 aparelhos para cada 100 habitantes, sendo que muitos usuários nem atingiram a maioridade.
As pesquisas que foram realizadas revelaram que o uso prolongado de aparelhos acaba causando um efeito nocivo sobre o cérebro “Rouba a atenção, enfraquece a memória, reduz a capacidade de perceber e corrigir erros, diminui a produtividade”, repreende o neurologista infantil Clay Brites, do Instituto Neurosaber, em Londrina (PR).
Não é só o cérebro que acaba sendo prejudicado com o uso excessivo desses aparelhos. Na Tailândia, uma criança de apenas quatro anos de idade quase perdeu sua visão devido ao uso excessivo do celular. A menina precisou passar por uma cirurgia e o motivo é bem simples, o uso exagerado de telas por crianças pode provocar sintomas como: secura nos olhos, lacrimejamento, vermelhidão e miopia.
O pai da menina Dachar Nuysticker Chuayduang aprendeu de forma trágica o quanto é prejudicial deixar uma criança permanecer por várias horas seguidas olhando para uma tela. Sua filha tinha esse hábito desde os dois anos de idade e acabou desenvolvendo ambliopia, uma doença conhecida como ‘olho preguiçoso’, a menina teve que passar por uma cirurgia reparadora.
De acordo com o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), 20% das crianças apresentam algum problema de visão ainda na idade escolar devido a esse problema. Os especialistas no assunto recomendam que as crianças tenham um contato diário com telas de no máximo duas horas, e para crianças entre 2 e 5 anos, o tempo recomendado é de apenas 1 hora.