Dilma Rousseff, ex-presidente da República pelo Partido dos Trabalhadores, afirmou não conhecer quaisquer tipos de atos inadequados diante da Medida Provisória, que concedeu incentivos fiscais para o setor de automóveis no ano de 2009, quando Lula ocupava o Palácio do Planalto.
Trata-se de um processo que acolhe uma denúncia do Ministério Público Federal, que busca apontar a existência ou não de uma Medida Provisória na intenção de conceder favorecimentos para as empresas do setor no país.
Lula é acusado de ter cometido os crimes de corrupção passiva, no momento em que teria atuado no esquema irregular que elaborou tal Medida Provisória.
Dilma, ao ser ouvida, negou todas as denúncias, afirmando desconhecer a existência de pagamentos de propina. Em defesa de Lula, a ex-presidente afirmou que a reedição da MP foi motivada pelo declínio verificado no setor automobilístico, e não por haver a existência do pagamento de propina.
Segundo ela, caso houvesse ações deste tipo, classificaria como sendo de sua responsabilidade acionar as autoridades competentes, informando a situação. Todavia, revelando desconhecer tal irregularidade, ela afirmou também acreditar que tal irregularidade não exista.
Editada pela primeira vez durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, próximo a virada dos anos 2000, a Medida Provisória buscava favorecimento para as montadoras, a partir do momento em que concedia isenções fiscais para elas.
Dilma Rousseff foi ouvida por aproximadamente 60 minutos, através de uma vídeo-conferência, tendo sido acionada a prestar depoimentos na posição de testemunha de defesa de Lula.