Bruno Souza Savino, juiz da 3ª Vara Federal do município mineiro de Juiz de Fora, permitiu que um psiquiatra, escolhido por Bolsonaro, faça um interrogatório de Adélio Bispo, o qual assumiu a autoria da tentativa de homicídio do presidente durante ato de campanha na cidade.
O agressor encontra-se detido de forma provisória deste a data do ocorrido. Jair Bolsonaro, por sua vez, precisou enfrentar três procedimentos cirúrgicos em decorrência da perfuração na região de seu abdômen.
Na última terça-feira (12), os advogados de Adélio Bispo encaminharam para a Justiça Federal um laudo médico que indicaria distúrbios mentais no agressor.
Até agora, três laudos foram feitos em Adélio. O primeiro deles, foi realizado de forma particular, e apurou a existência de um transtorno delirante grave. O segundo, de ordem judicial psiquiátrico, indicou o mesmo transtorno anterior, de forma permanente. Já o terceiro laudo, também judicial, mas de cunho psicológico, está sendo mantido sob segredo.
Laudos não são consistentes no diagnóstico de Adélio Bispo
Marcelo Medina, o qual é o procurador do caso, disse que os peritos dos laudos psiquiátrico e psicológico chegaram a conclusões diferentes, havendo uma falta de unanimidade nas conclusões.
Todavia, como o laudo psicológico está sendo tratado como segredo de Justiça. Marcelo não foi informou em que pontos houveram essas disparidades, nem mesmo sendo possível indicar o teor da documentação.
Já com a autorização judicial, um psiquiatra indicado pelo presidente poderá ter acesso ao paciente, chegando a sua própria conclusão sobre o estado de saúde mental do agressor.