Rhyllary Barbosa tem apenas 15 anos, mas já viveu uma experiência que poucas pessoas encararam na vida, que é ficar de frente com a morte, mas conseguir escapar. Ela estuda na Escola Estadual Raul Brasil e no dia em que dois atiradores entraram no local e começaram o massacre, ela correu para se salvar, assim como todos que estavam no local, porém, acabou sendo agarrada por um dos assassinos.
Ela foi na direção da porta de saída, mas acabou sendo segurada pelo segundo atirador que entrou na escola. Ela lutou pela sua vida, conseguiu escapar e agora já sabe o que quer para seu futuro.
Os vizinhos estão chamando Rhyllary de heroína, mas ela diz que é apenas uma sobrevivente, uma guerreira. Ela salvou sua vida e de outros estudantes porque abriu a porta da escola e assim vários conseguiram fugir.
“Sinto orgulho da filha que tenho, porque ela não pensou apenas nela e ajudou outros alunos a saírem da escola“, disse Marilene Barbosa, mãe da jovem estudante.
Rhyllary contou ao G1 que estava conversando com uma amiga e com a inspetora Eliana Regina, quando o ataque começou. Ela confessou que ficou com muito medo do atirador, mas sabia que era preciso abrir a porta para outros estudantes saírem.
Ela é lutdora de jiu-jítsu e, graças aos seus conhecimentos, conseguiu se defender e evitou o pior. O assassino tentou dar uma rasteira nela, mas Rhyllary conseguiu se manter de pé e não fez corpo mole. O atirador a segurou pelo cabelo, deu murros, mas ela continuou lutando por sua vida, pois sabia que se caísse, seria o fim.
Rhyllary sabe que será difícil retornar às aulas, será um momento de dor e saudades dos colegas que morreram, mas ela quer seguir firme e estudar direito, pois seu sonho é ser delegada e conseguir fazer a diferença. Ela também tem vontade de fazer educação física para dar aula de jiu-jítsu.