O terceiro suspeito acusado de ter participado do planejamento do massacre da escola Raul Brasil, teria lamentado, durante o depoimento dado, o fato de não ter sido incluído na execução do plano.
Ferraz Fontes, delegado responsável pelas investigações foi quem deu a informação, durante a entrevista que concedeu ao Jornal Nacional nesta sexta-feira (15): “Ele não sabe dizer por que não foi convidado e esperava ter sido convidado”.
O jovem foi interrogado por duas vezes pela polícia e, nos depoimentos concedidos, declarou que os atiradores já haviam comentado sobre a intenção de cometer o massacre. De acordo ainda com a polícia, o adolescente suspeito, teria dado a ideia para a dupla fazer uso dos explosivos, no entanto, nega que tenha qualquer participação no crime.
Logo em seguida, o delegado volta a dizer: “Ele tinha ligação direta com todo o planejamento, ajudou a iniciar toda a execução e não participou da ação. É muito perigoso, do nosso ponto de vista, deixá-lo em liberdade. Ele pode e já disse em depoimento que queria ter participado e que gostaria de fazer isso”.
A polícia também chegou a vasculhar a casa do terceiro suspeito. No local, encontraram algumas anotações codificadas e, um coturno, semelhante ao que foi usado pelos assassinos do massacre da escola Raul Brasil.
Agora, a polícia trabalha para sabe o que realmente motivou o ataque de Guilherme Taucci e Luiz Henrique Castro. O caso vai tramitar em segredo de justiça, ou seja, as informações só serão reveladas quando as investigações forem concluídas.