O governador em exercício pelo estado de São Paulo, João Dória, do PSDB, anunciou que poderá fazer uma revisão, para cima, do valor inicial prometido como indenização para as famílias que sofreram perdas em decorrência do atentado cometido na Escola Estadual Professor Raul Brasil, na manhã da última quarta-feira (13).
Na quinta-feira (14), um dia após o massacre que gerou a morte de 8 pessoas, além dos dois assassinos, João Doria disse que o estado desembolsaria uma quantia de 100 mil reais para cada uma das famílias.
Especialistas, por sua vez, julgaram o valor baixo, em decorrência de algumas fatores. Para tentar equilibrar essa situação, prometeu-se, em contraposição, o pagamento imediato do valor prometido, fazendo com que os familiares não necessitassem enfrentar onerosos e demorados processos judiciários na intenção de receber a quantia que lhes é devida.
Já com a possibilidade de revisão, pretende-se levar em consideração o fator de idade das vítimas, a fim de que haja um novo cálculo do valor que cada família irá receber, levando-se em conta a expectativa de vida de cada um dos oito assassinados.
Vale lembrar que a maioria dos mortos são adolescentes, todos com idades entre 15 e 17 anos. Além disso, três adultos também foram vitimados no massacre: a coordenadora da Escola Estadual Professor Raul Brasil, que tinha 59 anos de idade, uma funcionária da instituição de ensino, a qual possuía 38 anos, e o dono da revendedora de carros JJV Veículos, Jorge Antonio de Moraes, de 51 anos, tio de Guilherme Monteiro, um dos atiradores.
No caso dos adultos, o novo cálculo não irá reduzir a quantia inicial prometida de R$ 100 mil, pois este valor já havia sido previsto anteriormente, tendo a revisão um caráter de aumento do montante destino às famílias.