Dor e comoção marcam enterro das vítimas do ataque às mesquitas na Nova Zelândia

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Nesta quarta-feira (20) aconteceu o enterro das primeiras vítimas que morreram no massacre a duas mesquitas na Nova Zelândia.

O atentando aconteceu em duas mesquitas na cidade de Christchurch e acabou causando 50 mortes entre adultos e crianças.

Várias pessoas, principalmente as que pertencem a religião muçulmana, se reuniram para poder prestar suas últimas homenagens às vítimas na manhã desta quarta-feira (20). O cemitério escolhido fica próximo à mesquita de Linwood, a segunda invadida pelo australiano Brenton Tarrent de 28 anos, na última sexta-feira (15), com um fuzil. O atirador se considera um supremacista branco e defende a ideia de que imigrante acabam com a cultura e miscigenação no país.

A multidão foi até lá para se despedir de Khalid Mustafa, 44 anos, e de seu filho Hamza, 15. A família havia chegado no país no ano passado, refugiados da guerra na Síria. Outro filho do homem morto, Zaid, de 13 anos, também foi ferido durante o atentado, mas conseguiu sobreviver. Ele marcou presença no enterro em uma cadeira de rodas.

Abdul Aziz, refugiado afegão que foi para cima do atirador, também compareceu ao velório para prestar sua homenagem às vítimas. A dor pela perda dos entes que se foram, foi difícil de aturar. Isso porque, as autoridades não entregaram o corpo do pai e filho nas 24 horas previstas nos mandamentos da tradição muçulmana.

Até o momento, apenas seis corpos das 50 pessoas que morreram durante o ataque as mesquitas foram liberadas para enterro. Mike Bush, Comissário do governo, alegou que o processo está sendo lento por conta das identificações dos corpos, que é difícil e doloroso: “Seria imperdoável entregar a uma família o corpo incorreto”.