Após massacre em Suzano, violência continua fazendo vítimas em escolas de todo o Brasil

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Nesta terça-feira, dia 26 de março, os alunos da Escola Estadual Raul Brasil estarão retornando às aulas, mas já é certo que muitos não aparecerão no dia e até pedirão transferência, pois podem não estar preparados para retornar à instituição de ensino. Dois jovens assassinaram estudantes, funcionários e deixaram muitas pessoas traumatizadas.

As famílias estão em choque e a comunidade se uniu para tentar, de alguma forma, fazer com que a vida possa ser retomada na escola Raul Brasil. Quase ninguém mais fala no assunto, a imprensa já deixou o local, não há mais cobertura, mas isto não significa que a violência acabou, pelo contrário.

Escolas de todo o Brasil estão enfrentando, diariamente, a violência. E, seja como for, nada está sendo feito e a mídia parece não dar mais tanta importância ao problema. Em Abreu de Lima, Grande Recife, um estudante de 14 anos foi esfaqueado dentro da sala de aula. Ferido nas costas, o jovem foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento e, felizmente, está passando bem. Quem esfaqueou o aluno foi uma estudante de 15 anos e ela já foi levada para a delegacia, juntamente com os pais.

Na Paraíba, a polícia ouviu quatro alunos da Universidade Federal de Campina Grande. Eles divulgaram mensagens preconceituosas no WhatsApp e estudantes beneficiários do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais estão com medo.

Em Manaus, as aulas foram canceladas em uma escola nesta segunda-feira (25), após alguns elementos vandalizarem as salas de aula; e até furtarem aparelhos eletrônicos. A escola municipal Domingos Sávio teve a janela quebrada em uma das salas e foi por onde os invasores entraram.

Na zona oeste do Recife, uma escola teve que chamar a polícia após surgir ameaça de um atentado. A escola São Jorge tem alunos desde a educação infantil até o ensino médio e os professores estão com medo. Os rumores eram de que um aluno divulgou ameaças e disse que ‘sempre seria lembrado’ pelo que pretendia fazer. Em outra suposta mensagem, o aluno teria avisado: “Sei que todos acharão covardia minha ter procurado a morte. Não estou louco e sim decepcionado com a vida e outras pessoas“.

Pais, professores e a comunidade em geral buscam uma solução para o problema, pois a escola, onde deveria ser um local de aprendizado, está se tornando um campo de guerra.