A prisão do ex-presidente Michel Temer foi um dos assuntos mais comentados nos últimos dias no cenário político brasileiro. Nesta segunda-feira (25), o desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), mandou soltar o emedebista.
Temer foi preso após decreto do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, responsável pela Operação Lava Jato. O ex-ministro Moreira Franco, sogro do deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também vai ser liberado.
Temer presidiu o Brasil entre maio de 2016 e dezembro do ano passado. Ele era vice na chapa de Dilma Roussef (PT) e ocupou o lugar da ex-presidente quando ela sofreu impeachment. Petistas acusaram Temer de dar um golpe em Dilma para ficar com o cargo de chefe do Executivo.
O ex-presidente foi preso na quinta-feira (22). Investigações apontam que ele recebeu R$ 1 milhão da Engevix. As ações ocorreram no âmbito da Operação Descontaminação, um dos desdobramentos da Lava Jato. Além de Temer e Moreira Franco, outras oito pessoas foram presas.
Temer também foi acusado de ser um dos principais líderes de uma quadrilha que estaria agindo há cerca de 40 anos e desviou bilhões dos cofres públicos. Apesar de tudo isso, Temer teve em sua defesa ninguém menos do que Lula. O petista, preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, acusa a Operação Lava Jato de agir de forma espetacularizada.
Com a soltura de Temer, o PT deve usar isso como argumento para tentar pedir a libertação de Lula, preso desde abril do ano passado. A diferença, porém, é que o petista foi julgado e condenado em duas instâncias.