Uma mulher entrou na Justiça para ter direito de manter o corpo de seu falecido pai em estado de criogenia e foi autorizada. Essa técnica consiste em congelar a pessoa e tem sido cada vez mais buscada por aqueles que acreditam no avanço da tecnologia e que um dia será possível ressuscitar os mortos.
Lígia Monteiro mora nos Estados Unidos e poderá continuar contando com os serviços de uma empresa especializada neste serviço e assim manter congelado o corpo do pai, o engenheiro Luiz Felippe Dias de Andrade Monteiro, que morreu no ano de 2012, quando moravam no Rio de Janeiro.
Na família, nem todos concordam com esta prática, por isso o caso foi parar no STJ, após uma ferrenha disputa familiar, pois Lígia autorizou a empresa que buscasse o corpo do pai no hospital e o levasse para os Estados Unidos, onde ficaria congelado, porém, outras duas filhas discordaram de tal decisão e disseram que nem foram informada de tal procedimento, por isso recorreram à Justiça, querendo que o pai fosse sepultado no Brasil.
Quando o processo judicial foi parar na Justiça do Rio de Janeiro, as duas irmãs foram favorecidas e autorizado o sepultamento do pai, mas Lígia recorreu e perdeu novamente, então levou o caso à instância mais alta e a terceira turma do STJ compreendeu que era vontade do pai, ser congelado, por isso a autorização foi dada.
O ministro Marco Aurélio ressaltou que Lígia irá arcar com todas as despesas do transporte do pai falecido para os Estados Unidos, terá que pagar a empresa contratada para congelar o corpo e mais, precisará pagar as viagens para que as duas irmãs possam ir visitar o corpo do pai.