A audiência da Comissão de Constituição e Justiça, que estava tratando sobre a admissibilidade ou não da Reforma da Previdência, teve que ser interrompida após um princípio de confusão – protagonizado pelos próprios parlamentares.
Isso porque o deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) alegou que o delegado Waldir (PSL-GO) estava armado dentro do recinto. Ele é o líder de governo do presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Após problemas por questões de ordem, solicitadas pelos parlamentares oposicionistas, a audiência culminou numa tentativa dos congressistas em impedir a leitura do parecer,; Waldir se apoiou sobre uma mesa, fazendo com que o seu coldre ficasse a vista.
O próprio Delegado Waldir fez questão de mostrar, depois, o equipamento – neste momento, sem a arma. Mas fez questão de dizer que possui um “Calibre 17”. pic.twitter.com/d30wzAwYya
— Levy Guimarães (@levyguim) April 9, 2019
Nesse momento, a confusão tornou-se ainda maior, pelo fato de Bismarck alegar que o deputado estava armado. A partir daí, houve início um grande empurra-empurra e bate boca entre os parlamentares.
Pompeo de Mattos (PDT-RS) chegou a alegar que, ao segurar a mão de Waldir durante a confusão, teria sentido a arma de fogo.
Mais um episódio bizarro na CCJ: em meio a um tumulto entre governistas e oposição, deputados do PDT disseram que o líder do PSL, Delegado Waldir, estaria armado – o que é proibido pelo regimento interno. Ele e os colegas de partido alegam que estava apenas com a capa da arma. pic.twitter.com/iKhPTL5aNJ
— Levy Guimarães (@levyguim) April 9, 2019
Em meio a tudo isso, o acusado decidiu mostrar o seu coldre, que estava sem nenhuma arma. Bastante entusiasmado por ter desmentido a acusação dos opositores, ele bradou, fazendo sinal com os dedos em forma de arma, que o seu calibre seria o 17, em alusão ao número da sigla do Partido Social Liberal.
Bismarck não se deu por vencido e alegou que o colega de casa havia passado a arma de mão em mão, a fim de se livrar da prova incriminatória. Ele ainda criticou o presidente da sessão, alegando que o recinto deveria ter sido lacrado para que não houvesse margem para a fuga com o armamento, bem como permitir a apuração da denúncia.