A Sexta Turma do Tribunal Superior de Justiça, ratificou nesta quinta-feira (11) a decisão do ministro Nefi Cordeiro, que permite ao médium João de Deus, acusado de uma série de crimes incluindo abusos de várias de suas pacientes espirituais, a deixar a prisão.
A justificativa para tal permissão, seria o encaminhamento do acusado para o Instituto de Neurologia de Goiânia, a fim de que haja a sua internação. A decisão foi proferida no último mês.
O colegiado avaliou um recurso vindo do Ministério Público Federal, o qual havia assumido posição contrária perante a decisão liminar que havia sido proferida pelo ministro que, de maneira unânime, acabou sendo referendada.
Histórico do caso João de Deus
João de Deus acabou sendo detido no dia 16 de dezembro do ano passado, após uma série de acusações que vieram à tona, denunciando vários casos de violação contra mulheres, perante fraude.
Entra ainda na lista de crimes cometidos pelo homem, abusos de vulneráveis. Centenas de mulheres que teriam sido abusadas por João de Deus começaram a se manifestar, e a forma como os crimes eram cometidos mostrou-se muito semelhante.
Ele convidava as moças para um tratamento espiritual particular, em uma sala reservada, e aproveitando-se da situação acabava por cometer os abusos. Os casos ocorreram em sua instituição, localizada no município de Abadiânia, em Goiás.
O pedido para a liberação do médium foi feito pelos seus advogados de defesa, sob o argumento de que ele sofre de problemas de hipertensão, além de um caso de aneurisma da aorta abdominal com dissecção e alto risco de ruptura.